O Governo Federal tem anunciado um novo Bolsa Família de 400 reais. O presidente cumpriria uma promessa de dobrar o Bolsa Família.
Informações de Bastidores dizem que o o Bolsa Família pode mudar de nome para Auxilia Brasil.
O que acham da nova medida? Quais devem ser os impactos econômicos, orçamentários e políticos? Comente nas respostas.
Lucio Pires
1 – Politicamente é uma estratégia mais agressiva que a tentativa do voto impresso. Bolsa Família foi a estratégia que reelegeu Lula e Dilma. A medida deve irritar muito o Ministro Paulo Guedes que não gosta da ideia. Na prática, o governo Bolsonaro sempre foi contra instrumentos como auxílios emergenciais e Bolsa Família, mas percebeu que é o caminho de recuperação da rejeição recorde. O auxílio emergencial mostrou uma melhora na avaliação positiva em 2020 e para melhorar as intenções de votos, para Bolsonaro, vale imitar o PT no mecanismo de “compra de votos”.
2 – Economicamente a medida é acertada porque a transferência de renda é um caminho provado e adequado para erradicação da pobreza e movimentação da economia.
3 – Orçamentariamente é o grande problema. O Governo aposta em dinheiro de precatórios mas encontra resistência. Saiba mais em https://www.metropoles.com/brasil/economia-br/governo-quer-liberar-r-40-bi-do-orcamento-para-o-novo-bolsa-familia
Para instrumentos importantes como o Bolsa Família deveria haver uma proteção política para o não uso eleitoral da ação. O Bolsa Família precisa ser um programa de Estado e não de governo. Caso contrário, o estelionato eleitoral sempre acontecerá em dizer que Lula, Bolsonaro, A, B ou C são os “distribuidores” dos recursos.
Com o novo nome, Bolsonaro vai acabar com o Bolsa Família.