Sexta feira passada no caminho do trabalho pra casa fui comer um hamburguer no Spot bar do Sudoeste.
Lá uma menina de uns 9-10 anos estava distribuindo um papel nas mesas que dizia que estavam passando fome, os pais estavam desempregados e precisavam de ajuda – contribuição em dinheiro.
Ela passou em todas as mesas e depois passou os papéis pra um menino que devia ter 7-8 anos que fez o mesmo.
Na ocasião eu não tive como ajudá-los. Mas gostaria da ajuda de vocês para saber o que fazer nesses momentos (devo conversar com eles? perguntar dos pais, de que outras maneiras posso ajudá-los?).
Algumas pessoas que conversei pontuaram que a questão é delicada, pois as vezes pode se tratar de exploração infantil. Ainda sim, no caso de exploração infantil, como devemos ajudar?
Essa foto é uma reprodução do Jornal Folha de Boa Vista, cuja matéria me entristeceu muito, como podem tratar os outros com tanta falta de dignidade humana? Eis a questão que eu não quero repetir.
Lucio Pires
Questão difícil de responder. Mas revela uma situação muito muito comum e representa um incômodo. O incômodo da desigualdade social. Os que pedem são uma parcela de população muito maior que passa fome, cerca de 20 milhões de brasileiros, e que não têm a coragem de pedir e se aventuram no subemprego ou em trabalhos precários.
O como ajudar parece depender da condição de quem precisa e de quem pode ajudar. A empatia parece ser o primeiro passo. O interesse pela pessoa, na perspectiva de tentar ajudar além do dinheiro, parece um bom caminho. Pode ser que uma conversa, uma ideia, uma força mude algo.
A pior resposta é a indiferença ou colocar a responsabilidade no Estado ou no governo. Mas não é fácil. Como cada um pode ser parte da solução? 🤔